Sentada na cadeira convivo com o
silêncio
Escuto o barulho harmonioso dos
pensamentos
O batimento compassado se abomina
O café esfria enquanto esvoaça
nuvens de fumo que sufoca a lacrimejante sentença.
Converso com as paredes geladas, com
o vazios cheios de sons ensurdecedores.
Refugo-me no meio da multidão.
Desapareço.
Poucos são os que me veem e
contemplam o reflexo da amarga consciência.
Procuro a doce possibilidade infinita que me impossibilita o contentamento.
O simples viver.
O simples estar.
O respirar mecanizado e dessincronizado
com o renascer pulsante!
Debruço-me sobre a mesa sentindo o
pesar dos ombros\
Dou golos controversos de um café frio e esquecido.
Levo mais uma vez a chávena aos lábios e
sabe-me a amargo.
Olho ao redor e não encontro a chama para acender o meu solitário cigarro.
Não encontro a palavra nem o brilho dos olhos que sonham.
Não sou nem sonhadora nem sonho.
A esperança é vã.
Reflexo temido.
Reflexo temido.
Inspiro o cheiro recordado e abro os
olhos, dou por mim novamente a observar a melancólica beleza de uma cadeira
vazia num café aleatório.
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