sexta-feira, 2 de junho de 2017

Infâmia


Palavras que encerram a minha alma por inteiro.
Desfizera me de romances íntimos e abstratos numa intenção concreta de levitar.
Em que o cepticismo rompera a rasgos de navalha a lucidez divina de ser se cego.
Os meus últimos confins do desespero e cepticismo progressivo e natural fizeram me estremecer no batimento mecânico que estagnou como fogo que abraça o piso gélido.
Um mistério incrédulo de conjecturas que deixo para depois, talvez quando o sol beijar o mar e a brisa crepuscular acalmar este inexistente e gélido batimento.
É um quadro escuro a gosto, retocado de tons de tonalidade azul escura do mar, aperfeiçoado no debruçar extasiado daquele que nunca encontra o sossego.

Perco-me em ti.

Não num capricho presunçoso daquele que afirma que ama por vaidade mas sim, como uma tempestade de riso e choro que se avista no horizonte.
Metáforas românticas e lágrimas diluídas em copos de vinho na infâmia de se ser e, pesa-me este riso melancólico padronizado no suposto, num quase dever cumprido ao olhar que espreita.
Estarei sempre sobre o véu de uma sonhadora infame.
És terna recordação dos melhores atos infames do véu rasgado, horizonte sem limites.
Levito.
Infâmia.