segunda-feira, 8 de maio de 2017

Divagações Secretas

Enquanto a tarde caí nas ondas,
E a melancólica chuva precipita-se no piso térreo
Dou por condicionado o desejo de sobrevoar.
De me molhar livremente nos altos céus e observar lá de cima a decadência que repudio, que inversamente me acomodo!
Ofusco na impossibilidade da linha do horizonte, abismo incompreendido onde colide o céu e o mar.
A brisa traz ao de leve uma tranquilidade desafiante.
E um desejo de me sentir alienada no quase parar pulsante!
Do cessar desconfiado de um vulcão adormecido.
E, enquanto a tarde for tarde, trará sempre o refúgio da noite em que me deito ao abrigo de uma manto negro de ouro cintilante.
E rezo por mais uma noite, mais uma breve contemplação..um breve fundir quase que em devaneio crente do abismo que existe entre o céu e o mar.
Por mais uma noite de companhia lunar, num refúgio quase meu, de um suspiro escondido, de uma lágrima por brotar.

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