É incalculável
os abismos em que te perdes,
E insondável as paredes
da muralha que te limita,
Julgamos
pontes os sonhos que enraizamos,
Criamos
Deuses heroicos nas vivências mundanas de olhos baços e determinados,
Fugimos dos
portões que nos dão a liberdade,
Impomos muralhas
com medo de nos sentirmos encurralados.
Trancamos
portões sem chave,
Abraçamos
vazios em concordância,
Escutamos
vozes revoltas em silêncio,
Procuramos refúgios
que transpõem o imaginário,
Quando nos
damos por inteiros, acabados, estagnados.
Muralha.
Sobrevoo-a
contemplando o horizonte.
Explorando
os limites cósmicos da inteligência humana,
Transpondo sentimentos incompreendidos,
Negando-os na liberdade limitada,
Vidas complexas indiretamente conectadas,
Sofridas na dor inexplicável,
Sonho inoportuno da muralha que cai,
Apagão mental reduzido a cinzas,
Renasce o novo dia,
A nova alma,
Muralha interior que não contemplo.
Asfixia do sentir.
Respiro.
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